Educação inclusiva de Araras tem alunos com Síndrome de Down

Através de um projeto de educação inclusiva, crianças e jovens com Síndrome de Down, em Araras, comemoram a oportunidade de poder estudar na rede municipal e mostrar que  a síndrome não é uma limitação. Para os pais, essa é uma das formas de diminuir o preconceito.

A coordenadoria de educação espacial da rede municipal de ensino atende 143 alunos, sendo cinco com Síndrome de Down. “Tendo em vista que a criança tem o mesmo potencial que as outras, ela tem um apoio muito grande porque ela tem uma estrutura muito grande na rede. Ela tem uma professora especialista, sala de recurso que atende no período contrário da escola na cidade de Araras e a socialização com as demais crianças na sala regular”, ressaltou a coordenadora Mônica Curtolo Habermann.

Para dar essa oportunidade de os filhos crescerem e se desenvolverem os pais de Luís Felipe, de 6 anos, não tiveram dúvida. São um dos primeiros em Araras a batalharem para que o filho com Down pudesse estudar junto com outras crianças que não tem deficiência. “São um pouco mais lentas e nesta inclusão da educação, eles são forçados a trabalhar em voz, em aprender e até a ensinar os pais”, afirmou o funcionário público Adilson Henrique.

Luis Felipe frequenta o primeiro ano do Ensino Fundamental e na sala de aula não falta integração. “Estamos sempre juntos porque ele é meu amigo”, contou o aluno Andreo, também de 6 anos.





Edivane Rodrigues da Silva seguiu os mesmos passos com a filha Ana Flávia, de 4 anos. “Eu sempre quis que ela tivesse as mesmas oportunidades que as outras crianças e aí eu resolvi colocar no ensino regular”, explicou.

Ana Flávia faz as mesmas tarefas que os outros colegas e, para isso, ela conta com a ajuda de uma monitora. A estagiária em pedagogia Ana Luísa Rodrigues Alves considera a experiência uma grande troca. “Eu estou aprendendo cada dia mais com ela. Como eu me portar em sala de aula, como eu posso lidar com ela, estimular e melhorar cada vez mais”, disse.

Ensino Especial
Foi na Apae da cidade que Alice, de 18 anos, cresceu e se desenvolveu. Caçula de cinco irmãos e por ser a única com Down, a mãe, Elenita Ferreira Nise, não sabia ao certo que caminho tomar. Ela tentou matricular a filha no ensino regular, mas era o começo das políticas de inclusões e não quis arriscar.

“Eles não sabiam nem o que fazer com o aluno que entrava naquele momento na escola, tanto é que eu ia buscar, ela estava sempre com a professora de mão dada, ou no colo, na hora de dar as lições, tiravam ela da sala, separava, então eu achei que ela não ia ter um bom proveito”, afirmou Elenita.

Por isso, tomou a decisão de deixar a filha no ensino especial e não se arrependeu. “O mais importante para os pais que têm crianças com Síndrome de Down é saber que eles vão ser um cidadão normal”, disse.

Fonte: G1





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