Pontos eletrônicos comprados em 2011 estão parados em Araras

Previsto para entrar em operação em 1º de dezembro de 2011, os quinze aparelhos de registro de ponto eletrônico (REP), comprados pela Prefeitura Municipal de Araras estão parados. O investimento, feito em novembro do ano passado, custou aos cofres públicos R$25.800 (R$1720 cada) e pretendia dar mais agilidade e eficiência para o controle de entrada e saída dos funcionários. Mas, nove meses depois, o que se vê são os tradicionais cartões de ponto, escritos à mão, ao lado das máquinas com tecnologia avançada e todas fora da tomada.

A denúncia, feita pelo vereador Vlademir Gomes (Mami PT) há 15 dias durante uma sessão na Câmara Municipal de Araras, partiu da reclamação de alguns servidores públicos. A secretaria de administração da Prefeitura adquiriu os aparelhos em novembro de 2011 e a justificativa feita na época pelo então secretário municipal de administração, Marcos Isidoro, era atender a uma exigência prescrita na Portaria Portaria nº 1.510 do Ministério do Trabalho e Emprego. A troca do sistema prometia “permitir mais eficiência e controle nos registros de entradas e saídas de servidores, além de evitar erros de cálculos e lançamentos”, segundo informações de um comunicado emitido pela Secretaria de Comunicação Institucional da Prefeitura em novembro daquele ano.





Após constatar a falta de uso e ouvir a reclamação dos servidores, o edil encaminhou uma indicação para o Poder Executivo para obter resposta do porque da demora. Durante o discurso, ele disse que “já cobrou várias vezes o fato de diversos aparelhos para captação do ponto eletrônico dos servidores estarem sem funcionar”. Tribuna entrou em contato com Mami e este afirmou que “até o momento nenhum explicação e justificativa fora emitida pela secretaria de administração”.

Aparelhos parados

Questionado sobre a situação destes aparelhos o atual secretário municipal de administração, João José Bianco, confirmou a falta de uso e disse que o método antigo ainda está vigente. A explicação para a demora se deve a espera da compra de uma bateria especial. Segundo Bianco, “os aparelhos precisam trabalhar de forma ininterrupta, para que os registros de entrada e saída sejam confiáveis. A Prefeitura está adquirindo “nobreaks” (baterias) para evitar a paralisação dos mesmos. Após a instalação das baterias, serão iniciados os testes necessários para constatarmos eventuais anomalias e para que o sistema entre em funcionamento no menor tempo possível”, explicou.

O secretário afirmou que os aparelhos foram adquiridos para seguir a lei vigente, e que este tipo de tecnologia é obrigatório para os trabalhadores contratados conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Porém, “para os servidores públicos regidos pelo regime estatutário, não há prazo legal para implantação. Entretanto, o sistema entrará em funcionamento ainda este ano, provavelmente, no mês de novembro”, afirmou.

Fonte: Tribuna do Povo





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