Aumento na frota deixa Araras com níveis preocupantes de poluição

O aumento da frota de veículos em Araras (SP) tem elevado o índice de poluição do ar da cidade, de acordo com o relatório divulgado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A análise informa que este ano a cidade apresentou níveis severos de diminuição de ozônio na atmosfera.

Segundo o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município tinha uma frota de 62.801 veículos. Em dezembro de 2011, a Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) da cidade registrou um salto para 74 mil, aumento de aproximadamente 18%.

Além das queimadas nas plantações de cana-de-açúcar, a emissão do monóxido de carbono contribuiu para deixar Araras em estado de atenção. “É um poluente criado em função da quantidade de veículos transitando na cidade”, diz o diretor do departamento de Meio Ambiente, Raul de Barros Winter.

A Cetesb deve adotar critérios mais rigorosos quando indústrias forem se instalar em Araras. De acordo com Winter, uma das estratégias para combater a poluição é aumentar o número de árvores e diminuir o tráfego de carros na cidade. Ele ressalta, entretanto, que não há um prazo para que isso ocorra. “Fica difícil porque não é um problema pontual, de Araras, é um problema da região e que tem que ser resolvido”, avalia.





Em julho de 2011, Santa Gertrudes (SP) era a única cidade da região que estava na lista dos municípios com área saturada em nível severo de materiais particulados e também de ozônio. As principais causas estão vinculadas ao polo cerâmico e à poeira nas plantações de cana.

Controle ambiental
Em nota, a Cetesb informou que o objetivo do documento que classifica os municípios como áreas saturadas ou em vias de saturação para diversos poluentes, entre eles o ozônio, é servir como instrumento preventivo de controle ambiental.

Em áreas classificadas como saturadas ou em vias de saturação, a Cetesb poderá fazer exigências especiais para as atividades em operação, com base nas metas, planos e programas de prevenção e controle de poluição.

Desta forma, o órgão estabelece uma política voltada para a recuperação de áreas degradadas, sem impedir o desenvolvimento industrial.

 

Fonte: G1





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